AS VANTAGENS (PARA SEU CARRO) DE ANDAR A 50 KM/H
Entenda como a segurança e a durabilidade do seu carro podem melhorar com a nova velocidade padrão das ruas de São Paulo
por BELISA FRANGIONE (Auto Esporte)
A primeira vantagem será no bolso, já que as visitas ao posto de gasolina tendem a diminuir. “Geralmente, em uma velocidade constante, é possível rodar na mesma marcha - neste caso dos 50 km/h, na terceira ou quarta - com menor rotação do motor, o que vai reduzir o consumo”, garante o diretor executivo da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Nilton Monteiro.
Mas isso depende de outros fatores. De acordo com o coordenador de treinamento técnico da Monroe, Juliano Caretta, congestionamentos e o modo de dirigir também influenciam. “É importante salientar que durante congestionamentos, mesmo em velocidade baixa, o consumo aumentará por conta das constantes trocas de marchas e arranque do motor. A pressão dos pneus, a rotação do motor, a troca correta das marchas, o uso do ar condicionado e até mesmo rodar com as janelas abertas podem alterar esse índice”.
A suspensão dura mais
Os especialistas consultados são unânimes: os componentes da suspensão têm vida útil maior em velocidades reduzidas. “É mais fácil desviar de buracos ou mesmo prever uma freada mais moderada do carro que está à frente. Portanto, eles tendem a ter uma durabilidade prolongada”, afirma o vice-presidente do Sindirepa, o sindicato das reparadoras, Pedro Luiz Scopino.
Mesmo na impossibilidade de desviar dos obstáculos, os danos ao veículo podem ser menores em velocidades reduzidas. “Imagine, por exemplo, passar em um buraco ou até mesmo em lombada a 50 km/h e, em outra situação, a 70 km/h. Certamente o impacto em alta velocidade será bem maior e trará muito mais prejuízo para a suspensão”, reforça Caretta.
Menos trocas de marchas
Quanto mais constante a velocidade, menor a necessidade da troca de marchas. Segundo Monteiro, a 50 km/h, os veículos com câmbio manual irão rodar principalmente na terceira e na quarta. “Com a menor rotação do motor, haverá maior redução de consumo.”
Na visão de Scopino, nessa parte da mecânica, o que ocorreu também foi uma mudança de costume. “O motorista se acostuma à adequação de uma marcha menor para se manter a uma velocidade cerca de 10 km/h mais baixa.”
Maior segurança ao frear
Monteiro detalha que a distância de frenagem é bastante reduzida com a diminuição da velocidade. “Pode variar de acordo com o veículo e com o peso.” Porém, a frenagem em alta velocidade exige uma distância maior de parada e também um esforço maior dos freios.
“O disco em alta rotação exigirá maior atrito com a pastilha, aumentando a temperatura de contato e o desgaste. Em contrapartida, em baixa velocidade haverá uma parada mais curta e um trabalho um pouco mais suave dos componentes do freio, prolongando a vida útil das peças”, destaca Caretta.
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